04 setembro 2009

Missionários SUD podem ser deportados da Guiana.


A polícia deteve 38 missionários de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em missão em Georgetown, capital da Guiana, alegando que estes estavam com seus vistos de permanência vencidos. Em prisão domiciliar, os missionários podem ser deportados para os Estados Unidos em um mês caso a situação não se resolva.

Segundo o porta-voz da Igreja, em Salt Lake City, Scott Trotter, "estamos aguardando maiores explicações sobre o ocorrido, além de negociar com as autoridades dos dois países para que tudo se resolva amigavelmente". A embaixadora dos Estados Unidos na Guiana, Karen Williams diz: "não recebemos nenhuma notificação de mudanças para a emissão de vistos de permanência por parte do governo da Guiana (...) e a Igreja costuma ser bastante rigorosa sobre a situação documental de seus missionários (...), mas não quero especular nenhuma razão para o ocorrido". Por fim, o advogado da Igreja, Nigel Hughes, informou que aguarda maiores explicações dos motivos que levaram à ordem judicial para a polícia deter os missionários.

Extra-oficialmente, alguns jornais da Guiana e dos Estados Unidos afirmam que se trata de uma ação política por parte de setores do governo "desconfortáveis" com a presença mórmon no país. Segundo esses jornais, a origem dessa ação policial é uma espécie de retaliação à visita da líder da oposição Volda Lawrence a Salt Lake City há dois anos atrás. Nessa ocasião, a líder da oposição foi convidada pela Igreja para participar de reuniões do parlamento de Utah na Comissão Racial. De lá para cá, a Igreja tem sido apontada como símbolo de oposição ao governo da Guiana, principalmente por causa de seus programas de ajuda humanitária. Os partidos da oposição, e alguns da situação, manifestaram-se dizendo que isso é uma vergonha para o país. Uma vez que a Guiana respeita a liberdade de culto, deve ela não fazer juízo sobre nenhuma fé.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias desenvolve na Guiana inúmeros programas de ajuda. Programas de alfabetização, de técnicas de pequena agricultura, construção e reforma de escolas e asilos, além de doações de comida, roupas, e cadeiras de roda nas regiões afetadas por adversidades naturais e pobreza extrema. A Igreja está presente na Guiana há 20 anos, e existem cerca de 100 missionários na Guiana, sendo a maioria cidadãos estadunidenses, que além de divulgar o evangelho e a Igreja, são responsáveis por organizar e levar boa parte desses programas às pessoas necessitadas. Todos esses programas são custeados pela própria Igreja, através de contribuições de seus membros em todo o mundo. Além disso, a Igreja tem por princípio organizativo não aceitar contribuições por parte de governo, partidos, ou qualquer organização de cunho político; além de não se envolver nas questões políticas do país.
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Foto 1: Polícia da Guiana em operação nas ruas de Georgetown;
Foto 2: Almoço dos missionários da missão em Georgetown;
Foto 3: Capela do Ramo New Amsterdam, em New Amsterdam (foto e pessoa em frente: Élder Bullock)
Foto 4: Família da Guiana com suas recomendações ao Templo.

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