31 janeiro 2011

Desrespeito é a situação do brasileiro, senhor Maurício de Souza!

Largo da Carioca, Rio de Janeiro. Quem viu uma estranha Magal(y) por lá, no mínimo, se impressionou com a performance da personagem comilona diante de algumas lojas e entregando panfletos. Igualmente impressionada, a revista eletrônica dominical da Rede Globo deu um senhor destaque para Tássia Gomes. Ela é mais um caso de retirante que, diante da total falta de oportunidades para uma vida digna, usou de seu imenso talento para sobreviver e alimentar seus sonhos.

Não há quem não tenha se impressionado com a matéria. Tássia é uma atriz completa: interpreta, dança, canta, e encanta devido a sua meiguice e um bonito rosto. Para sobreviver, aprendeu a tocar e costurou seu figurino a fim de ganhar seu "pão de cada dia". Apenas o "pai" da Magali, Maurício de Souza, não gostou: achou um desrespeito.

Estamos falando mesmo de desconsideração com os trabalhadores ou estamos falando apenas de dinheiro? Como se os trabalhadores que interpretam oficialmente os personagens de Souza realmente se importassem com alguém tentando ganhar a vida do jeito que dá. Seria interessante, por exemplo, o senhor de Souza apresentar uma tabela comparativa de quanto ganha um de seus bailarinos, quanto ele mesmo ganha, e quanto a talentosa Tássia ganhou dançando anonimante e entregando panfletos.

Cobrar direitos autorais de alguém que mal ganhou para o próprio sustento aparenta ser mais uma insanidade das inúmeras que vemos em nossa sociedade. A aparição de Magal(y) não prejudicou em absolutamente nada no patrimônio de Maurício de Souza, tampouco desempregou um de seus bailarinos ou profissionais - pois a empresa que contratou Magal(y) não contrataria Magali.

O desrespeito, com certeza, é reconhecer o talento de Tássia e deixar por isso mesmo.

Isso é apenas minha opinião.

Ósculos e amplexos!

24 janeiro 2011

iCom esse presente, não há futuro

Para descobrir que não superamos ainda a ditadura militar em nosso país basta olhar para nossa polícia. É uma polícia que se orgulha de ainda usar de tortura. Uma polícia que é extremamente simpática com poderosos criminosos ao mesmo tempo em que se é extremamente cruel para com os jovens e trabalhadores.

Um certo policial me disse uma vez: - o pior bandido é o que usa farda para roubar. Concordo com ele, esse bandido merece a pior das penas que o ordenamento do país possui. O problema é que esse mesmo policial, que se orgulha de nunca ter se corrompido na vida, leva para casa desde isqueiros até mesmo bicicleta do "marginal" que outrora foi por ele abordado. E, sabendo que se trata de um tipo de corrupção diz: "mas é do indigente, o cidadão eu respeito".

Um colega foi acusado de tentativa de homicídio por uma pessoa com crise esquizofrênica. Pensou a pobre alma que, diante de um delegado, os agentes da segurança pública perceberiam rapidamente que se tratava de um surto psicótico e que rapidamente tudo seria resolvido. Ledo engano, não apenas o problema aumentou como a propina pedida para solucionar algo sem pé ou cabeça foi cara. Quase foi encarcerado por não ter trezentos reais no bolso. Mas, o traficante pelo qual o mesmo policial pede dois mil reais sairá rindo e pela porta da frente da delegacia muito em breve.

Crianças e mulheres são brutalmente assassinados diariamente em todo o Brasil, em todas as cidades, e em todos os bairros. A polícia científica trabalha em condições de, na falta de expressão melhor, uma imensa piada de mau gosto. Sobram equívocos, sobram erros, faltam estruturas e treinamentos. Mas, o escudo e o gás antimultidão já foram comprados pelo Estado para enfrentar os que se organizam para dar um basta em toda essa podridão.

Enfim, a polícia é de quem?

Por enquanto, este é apenas mais um desabafo!


13 janeiro 2011

Histórias de ônibus em Curitiba

Lendo o blog da Binha (Coisas que Sonhei), pensei: realmente, há uma ironia em se pegar ônibus todos os dias pelo fato de não existir rotina alguma nisso. São tantas coisas que acontecem, desde a visão dos jardins se transformando, como os acontecimentos do lado de dentro do ônibus.

Quando não desenvolvemos algumas fobias, como o de multidão, o de lugares fechados, e até mesmo de se pegar alguma doença, geralmente nos divertimos olhando para as histórias bizarras que acontecem. Essa que vou contar agora foi me passada por um amigo (o Saulo).

Conta o Saulo que, ao embarcar no Colombo-CIC, em Colombo, havia uma muralha na porta com camiseta de academia. Daqueles em que só o bíceps ganha o apelido de Aconcágua. Cara de mau, na porta, as pessoas apenas faziam cara feia devido ele atravancar a entrada, porém ninguém ousava contestá-lo devido seu tamanho. E espremido entre a muralha e a porta, estava lá um velhinho. Mirrado, baixinho, daqueles quem ninguém dá muita coisa por ele.

A porta fechou e o ônibus seguiu viagem. Quando próximo do terminal do Cabral, cerca de vinte minutos depois, a muralha se vira contra o velhinho e, com fúria, começa a espancá-lo. Socos, pontapés, cabeçadas, e gritos, muitos gritos.
- Vai morrer, velho @#$%&%#$! Vai aprender a encoxar os outros no inferno! - urrava de ódio a muralha.

Os passageiros suavam a camisa tentando evitar o linchamento por um homem só, mas de pouco adiantava. O sujeito era realmente muito forte. Mas, para redenção do velhote tarado, a porta se abriu - o Colombo-CIC chegara no Terminal. Pelo pescoço, o velhote era arrastado pela muralha até dois policiais mais próximos, mas dentro do Terminal.

Novamente, a porta fechou. Saulo e os demais passageiros seguiram para seus destinos ainda dentro do Colombo-CIC. E, entre olhares, um ousou perguntar: - Afinal, apenas não entendi a fúria ter demorado tanto. Pois, o velhote o encoxava desde Colombo!

Ósculos e amplexos!

06 janeiro 2011

Memórias de Bienal: 6ª Bienal - Salvador 2009

Tomando Dramin como se fosse Tic-Tac, hibernei os praticamente dois dias de viagem entre Curitiba e Salvador. Sequer vi a confusão que fez o ônibus atrasar quase seis horas ainda nos primeiros 200 quilômetros da viagem - soube dela por informe. Dizem os meus amigos que, inclusive, em uma das paradas, eu estava tão zumbi que entrei, comi, tomei banho, e sai sem pagar nenhum tostão. Realmente, não me lembro do "calote"... sequer da cidade onde fiz isso - um dia volto lá e faço tudo certinho. Praticamente expulsei minha namorada do banco de ônibus que fiz morada durante todo o longo percurso.

Quando chegamos, fomos a primeira bancada. Era madrugada no Caixa D'Água, simpático bairro da periferia de Salvador. Os seguranças, fazendo o trabalho deles, não nos deixava sair pelo bairro devido aos riscos que poderíamos passar (afinal, carne nova no pedaço). Porém, a fome apertava. Com muito custo, um "bom samaritano" resolveu nos por em seu carro para desbravar Salvador de madrugada em busca de comida para um batalhão. A rua do colégio parecia cenário de filme de bang-bang.

No dia seguinte, a paisagem já havia completamente se transformado. A rua tinha se tornado uma espécie de feira 24 horas. Garagens se tornaram restaurantes, restaurantes se transformaram em verdadeiras fábricas de comida. E quem não tinha estrutura para levantar um negócio da noite para o dia, alugava seu banheiro (R$ 0,50 para tomar banho; R$ 1,00 se quiser fazer o número 2! - jamais vou me esquecer desta placa).

Aliás, a hospitalidade baiana é algo também que merece uma postagem toda própria. O mais inusitado ainda foi a senhora que trouxe um bolo para uma integrante de minha bancada. O motivo? Para que ela não sentisse tanta saudade de casa! Onde mais no Brasil você usa o banheiro e a dona da casa se preocupa se você está também sofrendo com a saudade? Parabéns ao povo baiano pela imensa e calorosa hospitalidade.

Enfim... segue comentários ao vídeo oficial da UNE...








0:08 - Dalat, liderança que conheci na Bienal, foi um figuraça que lançou moda por lá. A frase dele "último ônibus para..." virou uma espécie de mantra (pois, sempre havia muitos e muitos outros ônibus para... mas, depois de alguns dias, você passa a odiar o megafone e a bendita frase). Não é fácil coordenar tanta gente, e ele deu conta do recado muito bem.

0:43 Essa moça bonita é a minha camarada-irmã Raisa... No meio do batuque (aliás, e como tem batuque em uma Bienal! Deveria ser marca registrada da UNE: "o batuque que nos une" - que tal?)

1:07 Show com Cordel do Fogo Encantado. A banda não mais fazia chover e alguns meses mais tarde resolveram encerrar sua carreira. Este foi um dos seus últimos shows e eu estava lá. O show foi maravilhoso, em pleno Pelourinho. Por outro lado, as pedras do Pelô tiraram o escalpo dos meus dedos dos pés e doía muito. Pegamos (eu e Carol Gross) um caminho do qual saía atrás do palco e que, para assistir o show, tínhamos que enfrentar esse mar de gente contra a correnteza. Era ladeira abaixo, e os pés ensanguentados faziam dos meus chinelos um ringue de patinação no gelo de tão escorregadio. E,é claro, tive que separar briga - da Carol com alguma atrevida... Show bom, mas que foi sofrido de assistir!!!

1:16 A consagração de Lula entre os estudantes. Diferentemente da 4ª Bienal em São Paulo, em que os estudantes temiam apoiar o Presidente, nesta Bienal Lula já era aclamado enquanto o melhor que o Brasil já teve. Esta plaquinha era presente em praticamente todos os discursos da Bienal e do Coneb (que pela primeira vez foi realizado conjuntamente, politizando ainda mais as atividades)

1:24 Barracas: coloque cerca de dez mil pessoas em um mesmo alojamento e você verá um mar de barracas. Apelidei o colégio em que ficamos alojados de "Babilônia" (devido o sentido hebraico da palabra babel ser "confusão"). Um teste para o juízo, como diria o Darwin de Assis (que também estava nesta Bienal, mas devido a gravidez da esposa, ele ficou em hotel).

2:34 Que ódio desta bola de contato! Na oficina de malabares, foi a única coisa do qual não obtive sucesso algum! (até o diabolô consegui ter um mínimo de progresso).

3:39 Mestre Duda esbanjou conhecimento cultural sem perder sua simplicidade. É a manifestação clara de que há cultura nas camadas mais populares da sociedade. Ainda que a cultura de massas e sua indústria cultural assassine a frágil manifestação como a do Mestre.

4:00 Sérgio Mamberti já é amigo da Bienal... esteve em praticamente todas (se não me engano, desde a 3ª). Porém, seu debate sobre a Funarte eu não pude participar. O sol forte da Salvador e o cansaço me fez traçar um itinerário para as praias de Ondina. Aliás, a experiência que tive por lá merece um espaço todo especial neste blog e em minhas memórias escritas.

5:03 Infelizmente, esse show foi no último dia de Bienal e eu já estava em Curitiba... Alceu Valença já havia se apresentado para os estudantes em um congresso da UNE (e que, na minha opinião, foi o melhor show que um congresso estudantil já teve em toda sua história).

6:28 Mesa sobre a UNILA... "A integração latino-americana depende muito também da fusão de saberes, apropriação deles pelo povo e da integração das comunidades acadêmicas latino-americanas". Essa frase eu tive que anotar, mas não foi minha, foi da então presidenta da UPE Fabiana (Binhas) Zelinski

10:21 A palestra tema da Bienal contou, dentre tantos, com Jorge Mautner. Nesta parte, é de encher os olhos lembrar dele cantando "Maracatu Atômico". Mas, o que me arrepiou mesmo foi quando ele cantou "A bandeira do Meu Partido".

10:34 "Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu"... esbaldei-me em folia atrás do Trio de Dodô e Osmar. Aliás, somente em Salvador que um trio elétrico sai, sem avisar, em plena terça-feira e recebe total adesão dos trabalhadores e famílias por onde passava. E o mais interessante: não tocaram uma música sequer do "axé" forçado que escutamos nas rádios-jabá. Apenas uma única recomendação: levem água de casa!!! (como é difícil tomar água atrás do trio elétrico... rsrs)



Ósculos e amplexos!

03 janeiro 2011

Lembranças de uma Bienal: 4ª Bienal da UNE (São Paulo - 2005)

Em 2005, Darwin de Assis e eu empreendemos uma ousada viagem para São Paulo a fim de aproveitar a 4ª Bienal de Cultura e Arte da UNE. Chegamos ansiosos, pois já havíamos participados de outras Bienais, mas pela primeira vez fazíamos parte do corpo de dirigentes do movimento estudantil membros da UJS.

Logo de início, uma má surpresa. Nossas mochilas foram roubadas. Darwin teve um pouco mais de sorte do que eu, pois deixaram as roupas dele no chão. As minhas nem isso. Prenúncio de que seria uma Bienal difícil para nós. Nesse momento, tive alguns "anjos". Hoje Deputada Federal, Manu D'Avila salvou algumas das minhas refeições; tive uma imensa ajuda de uma goiâna muito especial (mas que não vou postar aqui o nome dela, pois não pedi autorização dela para tal) que praticamente me adotou ao longo de toda a Bienal. Da maluquinha da K. V., que cedeu a barraca dela (até as 4 da manhã, quando ela voltaria da balada), do Rovilson Portela, que ajudou muito com as possibilidades que tinha... enfim, pessoas que sempre carregarei um imenso carinho por tudo isso e muito mais. Ah! E eu ainda ganhei um "pé na b..." de uma bela pantera... mas, não vou me ater nessa parte... vale dizer apenas que valeu cada segundo até esse momento...

Segue o video oficial da UNe desta Bienal e meus comentários que vieram a minha mente enquanto assistia. Ósculos e amplexos!




0:00 Ok, a expressão cultural dos litros e quilos de cultura manifestada por um artista anônimo em plena Av. Paulista eu não vi. Mas não deixa de ser uma provocação constante em uma Bienal de Cultura e Arte da UNE.

0:30 Show da Nação Zumbi foi eletrizante. Colados com a bancada de sampa, eu e Darwin pulamos muito!"Meu maracatu pesa uma tonelada" foi refrão grudento em toda a Bienal. Aliás, esta foi a Bienal do batuque, pois todas as bancadas, de norte a sul do Brasil, e de várias regiões da América Latina demonstraram que há um ritmo próprio batucado nos mais inimagináveis instrumentos.

1:17 Eu estava nesta "passeata", que convocava e anunciava que uma excelente montagem teatral iria ocorrer. E que para participar, bastava seguir os marujos do Teatro Olho Vivo. Importante: a peça teve mais de duas horas, e o cansaço de viagem fez com que eu perdesse muita coisa. Mas, o pouco que eu consegui assistir foi de encher os olhos e o coração.

1:34 Na época Ministro da Cultura, Gilberto Gil esbanjou simpatia e seriedade. Apresentou com entusiasmo a política de Estado para a Cultura enquanto uma das prioridades do Governo Lula e, logo após, atendeu os inúmeros pedidos para que desse uma "palhinha".

1:48 Soninha ainda representava um pouco da irreverência necessária para se representar propostas de juventude. Fazia pouco que fora banida da TV por assumir que usava maconha e sua candidatura para vereadora de São Paulo contagiou muitos jovens paulistanos.

2:10 Gustavo Petta, que algumas semanas antes da Bienal estava em Curitiba me ajudando a empurrar meu carro ladeira acima por falta da gasolina, pouco pode aproveitar a Bienal. Uma agenda lotada fazia com ele ficasse com um pé no pavilhão da Bienal e o outro em inúmeros outros eventos. Era o auge da tentativa golpista do PIG, e Petta havia liderado recentemente a passeata dos 100 mil, que ajudou a manter Lula na Presidência da República.

2:55 Fernando Vecino, na época Ministro da Educação de Cuba. Algumas curiosidades: a Bienal conseguiu reunir oficialmente os Ministros da Educação de Cuba e do Brasil a fim de debater a Reforma Universitária Brasileira e certamente contribuindo para inúmeras realizações como o PROUNI e a Cota para Estudantes Negros e oriundos de Escolas Públicas. À noite, quando estávamos retornando (eu e Darwin) para nosso alojamento, encontramos o Ministro cubano com um violão no colo, rodeado de estudantes, e cantando músicas do Djavan.

4:04 A juvenbtude haitiana presente na Bienal trouxe uma contribuição fundamental para o entendimento da realidade daquele país. Foi um dos primeiros contatos com o movimento estudantil brasileiro com o testemunho da necessidade de ajuda. Não sabíamos, nem havia como saber, que um desatre natural faria da ajuda brasileira mais do que necessária, mas vital para aquele país.

4:42 A juventude cantando "ole-ola-Lula-Lula" diante dos ministros de Cuba e do Brasil (Vecino e Genro) foi ousado. Boa parte da própria militância do PT estava receiosa de tal gesto devido aos ataques golpistas ao governo Lula. Porém, a União da Juventude Socialista (UJS) não pensou duas vezes e fez o que se vê nesta parte. Neste momento, era possível ver algumas correntes do Movimento Estudantil (que mais tarde iriam tentar dividir a UNE) torcendo o nariz ou se retirando do pavilhão da Bienal.

6:17 Paulo Vinícius (PV) que conduziu o Congresso da OCLAE com maestria. Lembro-me dos meus camaradas reclamando da severidade que o PV tinha ao tratar com as urgências do evento. Ele me cedeu o chuveiro de sua casa, uma vez que o alojamento ainda não estava aberto e eu estava sem nem sequer xampu e sabonete devido o furto de minha mochila). Naquela casa estariam ainda o Rovilson (hoje casado com minha camarada-irmã Raísa) e Lúcia Stumpf (que seria mais tarde presidenta da UNE).

6:43 A Culturata é o auge político-cultural da Bienal em movimento. Defendia-se verbas para a cultura, um passo adiante para que a política de Estado para a cultura fosse vitoriosa no governo Lula. Mas, quero chamar a atenção é para o estudante com a camisa da Camisa 12 que se vê no canto inferior direito do vídeo. A Bateria da Camisa 12 fez todo o acompanhamento da Bienal. Tocou do começo ao fim. E no final, presenteou o Darwin com uma camisa (claro, depois dele ter insistido como se estivesse pedindo por gol no Pacaembu em dia de jogo do Corinthians).

8:28 O então Ministro Gilberto Gil, após ter dado uma bronca na UNE por ter em um de seus materiais colocado desavisadamente o nome de Caetano Veloso enquanto autor de "Soy Loco Por Ti América" tocou-a para os estudantes a fim de mostrar que se trata de composição dele e de Capinan. Após, cantou também "Punk da Periferia" (que pode-se ouvir um trecho durante os créditos).

Meu trabalho na Bienal da UNE: começou bem 2011!

Ósculos e amplexos e um excelente 2011 para todas e todos!