20 fevereiro 2012

Diário de Bordo (010) - Em busca de um presente e Recoleta


Realmente quero comprar "un regalo" para a Carol. Mas, com os preços e com o pouco dinheiro, realmente as coisas ficam um pouco impossíveis. Ainda mais que em uma feira basta eu abrir a boca e os preços triplicam. Caso eu não queira ser enganado, tenho que ir a uma loja e lá serei estorquido. De qualquer maneira, pelo menos estou andando um montão graças a essa busca e conhecendo mais um pouco dessa apaixonante cidade de Buenos Aires.

Domingo foi um dia de descanço. Não avançou muito no que diz respeito ao conhecimento da cidade. Apenas à noite que resolvi andar um pouco, falar com Carol e tentar ligar para minha mãe (que só obtive sucesso em falar com a Carol). Devido eu ter dormido a tarde inteira, à noite eu estava elétrico. Degustei uma bela parrillada (afinal, domingo é dia de churrasco de Asunción até a Terra do Fogo, passando por Montevideo) pela pechincha de R$ 8,00. Nisso, conheci a Calle Defensa. Como estava de noite, decidi voltar pela manhã.

De manhã cedo, dá-lhe Michael caminhando pela cidade. Resolvi andar toda a Calle La Defensa e ver onde dava. A rua é uma espécie de shopping a céu aberto. Algumas figuras ilustres declararam amor a esta rua, dentre eles, os moradores Quino e Che Guevara. Em frente onde Quino morou, há uma estátua da Mafalda.

A rua acaba em plena Plaza del Mayo. Cheguei a conclusão de que você descobre fácil se está aproximando de um lugar muito turístico: a língua portuguesa vai se tornando dominante! A frase que mais escutei dos brasileiros que estavam por aqui era: brasileiro é igual mato, está em todo lugar. Mas o mais impressionante é que os que eu vi não faziam a qualquer questão de se esforçar em falar o espanhol (diferentemente de outros gringos, que era visível a sua dificuldade e mesmo assim se esforçavam). Quando uma brasileira, toda cheia dos badulaques, pediu-me em bom português se eu poderia tirar uma foto dela em frente a Casa Rosada, fiz questão de o tempo todo falar em espanhol com ela. No final, ela ainda me disse que eu tinha sido o portenho mais simpático que ela havia conhecido até agora. Escutei o barulhinho da auréolazinha surgindo sobre a minha cabeça.

Resolvi ceder e ir até o Obelisco. De lá, caminhei até Palermo e achei apenas bonita (com suas lindas vitrines). De Palermo, resolvi caminhar até Recoleta. Em Recoleta, o passeio funesto: o cemitério. Pude ver os túmulos de ícones da luta por uma América Latina livre, unida e poderosa: Mitre, Sarmiento, Brown, enfim, uma viagem pela história.

Ainda não achei um presente para Carol, mas pelo menos estou conhecendo bastante dessa cidade encantadora.

Ósculos e Amplexos!

Um comentário:

Jorge Ramiro disse...

Mafalda! O favorito da minha infância. Ela traz de volta muitas memórias. A carne argentina é o melhor. Há ums argentinos que vieram aqui e tenhen uma lanchonete, la caballeriza. Pura carne argentina.