10 março 2011

Gnomeu e Julieta: o desafio de se contar a mesma história.

Logo no começo do filme se reconhece a grande dificuldade de Romeu e Julieta: contar uma história que já foi contada um montão de vezes. E também que já foi contada de forma diferente um montão de vezes. "Além de um epílogo chatinho, longo, porém necessário".

No que diz respeito em apresentar para as crianças a tragédia de todos os tempos, do qual há descaradamente ou disfarçadamente semelhanças em quase todas as tragédias românticas que elas verão em suas vidas, o filme é eficiente. Na crítica sobre a obra de Shakespeare, obviamente voltado aos pais que levarão suas crianças, inocentemente, o filme brinca com o xarope epílogo e com a necessidade de um fim trágico aos protagonistas (afinal, é uma tragédia, não é?), o filme também cumpre seu papel. E acabam aqui os elogios.

O que se vê entre o começo e o fim é uma obra bem mais ou menos. De visível orçamento reduzido. E com somente cópias dubladas para o Brasil (que faz com que percamos a graça de ter a voz de Ozzy, por exemplo - sem desmerecer os nossos brazucas globais que emprestam suas vozes aos personagens). Os efeitos 3D servem, infelizmente, para que o ingresso seja mais caro, pois não influencia em nada no filme - os melhores efeitos são os barulhinhos de porcelana batendo.


Enfim, como na maioria das vezes, a tentativa de se contar Romeu e Julieta acaba sendo mais do mesmo. Não espere, portanto, muito do filme. Levem as crianças, no máximo, para que seja apresentado a elas o interessante Shakespeare. Assim mesmo, com fins bastante pedagógicos. Nada mais do que isso.

Ósculos e amplexos!

Um comentário:

Anônimo disse...

from @caroburatto 1:19pm via Web

@mikegenofre minha opinião sobre o filme, uma droga, ainda mais por ter me enganado (no trailer parecia ser bom) e por ter sido carooo