Antes de analisar o filme, um momento de reflexão histórica. . .
"Batman, 1989" e "Batman: o cavaleiro das trevas, 2009" são exceções maravilhosas no histórico de adaptações de super-herois para o cinema. Em geral, os filmes costumam ser ora bobos, ora simplesmente horríveis de assistir. O próprio Batman padeceu desse mal nos filmes seguintes, piorando cada vez mais e mais.
Uma boa explicação é a de que a história do heroi às vezes é mais importante do que vê-lo em ação. Para os fiéis fãs de Histórias em Quadrinhos, o enredo é vital - somente a pancadaria deixa a história chata e imediatamente irrelevante. Ao mesmo tempo, na hora em que a pancadaria é inevitável, história boa é aquela em que dá para sentir medo do vilão e impressionar-se com a fúria do mocinho. E, se este frágil equilíbrio é de uma dificuldade imensa para HQs, para o cinema então é para grandes mestres.
Os citados filmes do Batman acima são produções que agradaram tanto cinéfilos quanto fãs de HQs. Possui o equilíbrio perfeito. Uma história convincente. Um enredo de qualidade. Um vilão de dar medo. E uma pancadaria de primeira categoria quando se faz necessário. E até mesmo algumas polêmicas, como a morte do Curinga no filme de 1989, contribuíram para fazer deles um marco para o estilo "super-herois" no cinema.
Se você está se perguntando qual o motivo de eu tanto falar em Batman e necas do Besouro Verde, a explicação vem agora.
Besouro Verde pertence ao imaginário dos mais antigos devido às aparições da dupla Besouro e Kato em outra série, também de uma dupla: Batman e Robin. Na época, década de 1960, a FOX resgatou um antigo sucesso do rádio para concorrer com Batman, mas que foi um fracasso de audiência. Ainda assim, devido a febre que foi a série de Batman e Robin, o primeiro ano de Besouro Verde teve 26 episódios, todos um fracasso e tanto. Insistente, a FOX começou a fazer "crossovers" de Besouro Verde em episódios de Batman. Mas, nem isso salvou o fracassado heroi.
E a comparação não pode parar por aí. Britt Reid é rico, mas talvez não tanto quanto Bruce Wayne. Possui um parceiro bom de briga, mas nem tão parceiro quanto Robin. Tinha o Beleza Negra, que era um carro muito legal, mas nem tão legal quanto o Bat-móvel. E seu filme anos depois não poderia ter outro resultado: não é tão legal quanto os do Batman.
Para os mais novos então a coisa é pior. Há um certo carinho pelo personagem graças a um outro filme: "Dragão: a história de Bruce Lee, 1993". Neste filme, há uma inverdade, há uma "mentirinha" que acabam vendendo no filme: a de que Besouro Verde foi um sucesso nos Estados Unidos antes da série se chamar Kato em Hong Kong.
Enfim, o filme Besouro Verde, 2010, tinha tudo para ser ruim e nisto não decepciona. É ruim mesmo. Britt Reid (Seth Rogen) é interpretado por um ator que somente foi convincente em sua carreira fazendo personagem de "eterno chapado". Outra dificuldade imensa é a superação do mito Bruce Lee. E não dá outra: o filme não consegue e Kato (Jay Chou) é um bobalhão bom de briga. E o filme comete outras sacanagens. Ele mata Mike Axford, personagem que distorcia as histórias do Besouro Verde, fazendo do heroi um bandido nos jornais para colocar a linda e, para o filme, desnecessária Cameron Diaz (o nome da personagem é o de menos, pois colocaram Diaz no filme para "valer" o ingresso). Isso sem falar no bandido, que não dá medo em ninguém e o próprio filme tira onda dele. Ah! E os efeitos 3D são desnecessários, não contribuindo em absolutamente nada o filme inteiro.
Ósculos e amplexos!
"Batman, 1989" e "Batman: o cavaleiro das trevas, 2009" são exceções maravilhosas no histórico de adaptações de super-herois para o cinema. Em geral, os filmes costumam ser ora bobos, ora simplesmente horríveis de assistir. O próprio Batman padeceu desse mal nos filmes seguintes, piorando cada vez mais e mais.
Uma boa explicação é a de que a história do heroi às vezes é mais importante do que vê-lo em ação. Para os fiéis fãs de Histórias em Quadrinhos, o enredo é vital - somente a pancadaria deixa a história chata e imediatamente irrelevante. Ao mesmo tempo, na hora em que a pancadaria é inevitável, história boa é aquela em que dá para sentir medo do vilão e impressionar-se com a fúria do mocinho. E, se este frágil equilíbrio é de uma dificuldade imensa para HQs, para o cinema então é para grandes mestres.
Os citados filmes do Batman acima são produções que agradaram tanto cinéfilos quanto fãs de HQs. Possui o equilíbrio perfeito. Uma história convincente. Um enredo de qualidade. Um vilão de dar medo. E uma pancadaria de primeira categoria quando se faz necessário. E até mesmo algumas polêmicas, como a morte do Curinga no filme de 1989, contribuíram para fazer deles um marco para o estilo "super-herois" no cinema.
Se você está se perguntando qual o motivo de eu tanto falar em Batman e necas do Besouro Verde, a explicação vem agora.
Besouro Verde pertence ao imaginário dos mais antigos devido às aparições da dupla Besouro e Kato em outra série, também de uma dupla: Batman e Robin. Na época, década de 1960, a FOX resgatou um antigo sucesso do rádio para concorrer com Batman, mas que foi um fracasso de audiência. Ainda assim, devido a febre que foi a série de Batman e Robin, o primeiro ano de Besouro Verde teve 26 episódios, todos um fracasso e tanto. Insistente, a FOX começou a fazer "crossovers" de Besouro Verde em episódios de Batman. Mas, nem isso salvou o fracassado heroi.
E a comparação não pode parar por aí. Britt Reid é rico, mas talvez não tanto quanto Bruce Wayne. Possui um parceiro bom de briga, mas nem tão parceiro quanto Robin. Tinha o Beleza Negra, que era um carro muito legal, mas nem tão legal quanto o Bat-móvel. E seu filme anos depois não poderia ter outro resultado: não é tão legal quanto os do Batman.
Para os mais novos então a coisa é pior. Há um certo carinho pelo personagem graças a um outro filme: "Dragão: a história de Bruce Lee, 1993". Neste filme, há uma inverdade, há uma "mentirinha" que acabam vendendo no filme: a de que Besouro Verde foi um sucesso nos Estados Unidos antes da série se chamar Kato em Hong Kong.
Enfim, o filme Besouro Verde, 2010, tinha tudo para ser ruim e nisto não decepciona. É ruim mesmo. Britt Reid (Seth Rogen) é interpretado por um ator que somente foi convincente em sua carreira fazendo personagem de "eterno chapado". Outra dificuldade imensa é a superação do mito Bruce Lee. E não dá outra: o filme não consegue e Kato (Jay Chou) é um bobalhão bom de briga. E o filme comete outras sacanagens. Ele mata Mike Axford, personagem que distorcia as histórias do Besouro Verde, fazendo do heroi um bandido nos jornais para colocar a linda e, para o filme, desnecessária Cameron Diaz (o nome da personagem é o de menos, pois colocaram Diaz no filme para "valer" o ingresso). Isso sem falar no bandido, que não dá medo em ninguém e o próprio filme tira onda dele. Ah! E os efeitos 3D são desnecessários, não contribuindo em absolutamente nada o filme inteiro.
Ósculos e amplexos!
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