Na fulô ou na filó! Sei que o papo de cozinha já estava fazendo falta. Então: ei-la! “Hell. Paris 75016”, da francesa Lolita Pille, vai se tornar filme. Bom, falaremos então do livro. Qualquer semelhança entre “Paris, 75016” e “Bervely Hills, 90210”, ou o vulgo “Barrados no Baile” não é mera coincidência. Jovens ricos, bonitos e absurdamente fúteis, são os personagens de ambas histórias. Porém, em “Hell”, alcunha autobiográfica da autora, não temos o carisma dos amiguinhos dos Irmãos Walsh, mas sim um misto de decadência e total falta de valores, dignas dos personagens de “A vida como ela é”, porém sem aquele toque de gênio de Nelson Rodrigues. Obviamente que se trata de uma salada multireferencial, no ritmo decadente de “Eu, Cristiane F.; drogada, prostituída”. Personagens superficiais, sem história, sem trama, sem nada. Apenas alguns lampejos de criatividade, como quando ela tem um breve contato com a realidade ao ter uma crise, no dia em que ela fez um aborto, defronte a vitrine do Baby Dior; quando do acidente de Andrea, o amor mauricinho de Hell, contada pelo próprio defunto, e a transa final de Hell com um desconhecido. O livro, de maneira geral, é de um mau gosto daqueles, mas, por algum motivo que eu prefiro ignorar, se tornou um dos maiores Best-Sellers, com direito a visita de Lolita Pille em São Paulo na Bienal do Livro. E, agora, virará filme.
Ecos da maldade: seção Pare o mundo que eu quero descer! Justiça gaúcha proíbe a “boneca assadinha”! Motivo? Se você achou que é por desacato à inteligência, engana-se! Segundo a juíza, por a boneca ter sensores na região da vagina, que são responsáveis pelos risos ou choros da boneca quando se joga água fria ou morna (afinal, o bebê está assado); revelam um grande conteúdo erótico, inapropriado para crianças. Eu acrescentaria, também para adultos, pois seria um imenso conteúdo pedófilo. Eu diria mais, inapropriado para a fábrica, pois, ô idéia infeliz! Tudo bem que a maldade está por trás dos olhos, e não à frente. Se você quer ver coisas cabulosas, basta um pouco de imaginação que logo você verá a maior suruba em histórias singelas como “Dumbo”, “Cinderela” ou “O Gato de Botas”. Mas uma boneca que vem assada? Eca!
Economia interessante: “Guerra no Líbano provoca aumentos nos preços da maconha em Israel”! Óbvio que, como aqui, é proibido também acolá. Mas, com a vigilância bélica nas fronteiras, a maconha “não passa”. Isso provoca o aumento de até em oito vezes do valor da erva. Os mauricinhos de lá largaram mão da cocaína, pois a erva é que é cara!
Por hoje é só! Ósculos e amplexos!
2 comentários:
Vou me ater apenas ao comentário sobre a juiza!!!!
Meu Deus que falta do que fazer!!
Talvez outro tipo de argumentação poderia vir a calhar na proibição da venda de um brinquedo, porém este??
E a Barbie e seu namorado?? aqui sim vejo um caso onde a imaginação pode gerar cenas eróticas na cabeça da gurizada!!
Mas em uma imitação de um bebê assado??
Eu fico imaginando o que se passa pela cabeça desta juíza!! ou o que não se passa, conseguir ver uma maldade dessas em uma boneca??
mas é como dizem, cada um com os seus problemas, eu pelo menos tento resolver os meus de uma forma que não afete as outras pessoas, ela resolveu jogar toda a sua frustação em um brinquedo!!!
Na verdade, a justiça gaúcha concedeu uma limitar que atende pedidos da Comissão de Combate a Abusos Sexuais na Infância do RS. E, acrescento, a fábrica já anunciou que irá tirar a boneca do mercado brasileiro. Mas não deixa de ser engraçado mesmo assim a história. Imagine só, obter lucros com uma boneca que possui assaduras. Lembro do meu tempo de enfermagem, quando as puritanas de plantão saiam correndo para buscar uma toalha e cobrir o "membro" da nossa boneca de estudos, mas, em compensação, não tinham o menor pudor quando era para retirar o "membro" para trocar o "sexo" da mesma. Vai entender?
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