06 novembro 2006

Depois da tempestade: construir a bonança.

As eleições acabaram. Agora, com a cabeça mais fresca, podemos pensar um pouco mais sobre as coisas como deveriam ser e no como foram. Foram inúmeras as colunas que li, antes e após o segundo turno, cujo avaliavam os debates entre, principalmente, Lula e Alckmin. Todas foram uníssonas: a fórmula de debates está viciada, virou um senhor evento televisivo e um mínimo momento político.

Lembro-me que assisti ansioso o primeiro debate do segundo turno entre os presidenciáveis, aquele da Band. Do jeito que pegou fogo, via que o dia seguinte a população inteira estaria em plena guerra civil. Mas, a mídia logo correu para abafar aquele pega pra capar. E, o que vimos depois, foi uma série de debates completamente sem sal. Sem gosto algum. Sobrando para as redes televisivas os altos pontos no IBOPE, mas para o povo brasileiro um sentimento justo de que aquela fórmula não valeu de nada.

Sou da opinião de que os veículos, principalmente os televisivos, façam as velhas e boas sabatinadas. Com fórmulas diversas, como por exemplo, um candidato comentando a proposta política do outro. A velha “Roda Viva”, com os maiores especialistas sabatinando durante duas horas a fio sobre diversos assuntos. Afinal, os candidatos, esses todos nós conhecemos, o que os diferenciam são as ideologias e programas políticos. Por fim, defendo um único momento de debate. Às vésperas da eleição. Sem interferência da televisão, nem mesmo suas mirabolantes perguntas que não perguntam nada, mas exprimem o desejo de fazer o candidato responder superficialmente a tudo, e com tão somente chavões. Abram o debate, coloquem-se temas gerais para se debater, e deixem que os candidatos se acabem. Outra coisa importante, em cadeia nacional, preferencialmente com organização da Band, que se mostrou única capaz de desenvolver um bom debate, e, na oposição, jamais a Globo, a que se demonstrou a mais tendenciosa e menos qualificada em tudo.

Sugestão dada, mas óbvio que, até as próximas eleições, creio que terei uma idéia melhor elaborada a respeito. Até lá, fico com essas. Sempre aberto ao diálogo e ao convencimento. Ósculos e amplexos.

4 comentários:

Anônimo disse...

É incrivel que todos cheguem à mesma conclusão quando param pra pensar nos debates que sucederam ao da Band....

E é incrivel que a maioria dos eleitores tucanos ainda se valham destes chavões para defender a sua posição de pequeno burguês afetado, injustiçado e intelectualmente superior ao eleitorado do Lula..

Além da falha do debate, tivemos nos meios de comunicação, durante esta campanha de segundo turno, uma grande tentativa de transpor a disputa eleitoral para uma verdadeira guerra entre classes, onde o pobre, ignorante votava em Lula e o rico intelectualizado votava em Alckmin.

É fato que uma grande parcela da população brasileira, pobre, dependente dos parcos programas sociais implementados pelo governo declarou-se fiel ao candidato à reeleição.

Porém, eu visualiso esta tentativa como uma grande ameaça à credibilidade do governo atual, onde dá-se esmolas aos pobres, maioria brasileira, para garantir-se no poder. Isso não revela a realidade.

E mais uma vez temos a grande mídia televisiva, entenda-se rede Globo, que ainda mantém a grande preferência nacional, organizando um debate morno, onde não dá oportunidade de os candidatos realizarem uma boa exposição de suas idéias e, muito menos, realizar avaliações sobre o programa do adversário...

Gostei imensamente do texto e ele casa muito bem com a entrevista sobre a monografia da camarada de Minas sobre a Veja..

Ainda temos os grandes veículos de informação trabalhando exaustivamente para a manipulação da massa brasileira, porém, desta vez obteve uma derrota, os diversos escândalos de corrupção pública, não estou aqui negando a sua existência, não foram maiores do que as mudanças decorridas nestes 4 anos de governo Lula.

Não foram realizadas todas as alterações com as quais contávamos, porém faz-se necessário reconhecermos uma real melhora para o Brasil!!

Esperamos ansiosos pelas novas ações e que estas se mostrem maiores e melhores, é claro para o bem da maior parcela do povo brasileiro!!

Anônimo disse...

sempre venho ate sua cozinha mas nao comento, hoje vamos la...
o segundo turno acabou sendo uma grande vitoria pra governabilidade pro proprio estado de direito brasileiro, pela forma como se deu, principalmente considerando a veemencia da opociçao e ate do ex presidente falar em ganhar mas nao levar
e para a coligaçao A Força do Povo, foi fundamental
pois LULA fez muito mais votos, virou em alguns estados, ampliou a diferença onde ja tinha ganho e diminuiu onde tinha perdido
alem de a onda no segundo turno fez com que elegessemos a maioria dos govenadores
e o mais importe , como gerardo xuxu consegue perder pra ele mesmo?
fazer 2 milhoes e meio de votos a menos?
e nao é so estrategia errada nao, isso foi que muita gente queria memso que lula fosse ao debate, explicasse sobre o tal dossie, e foi so ele fazer isso no começo do segundo turno que ampliou a vantagem
agora é bem isso, construir a bonança, pq ela nao vem facil nao
e ja que estamos na cozinha como dizia bezerra da silva
tem coca ai na geladeira

Anônimo disse...

traduçao de palavras sinistras do comentario anterior


opocição = oposição
memso = mesmo

Michael Genofre disse...

Carol, Lula aplicou um dos maiores "cala a boca" que a burguesia brasileira já viu. Colocou Globo, Veja, e tantos outros veículos numa situação de descrédito graças a onda de ataques que esses grupos da mídia desferiram contra o povo brasileiro e Lula. Veja, nessa semana, já apresenta uma "necessidade" de buscar outras abordagens sobre o governo Lula, o Globo, demonstra que irá perseguir "mais de perto". Enfim, o observatório da imprensa vai ser uma loucura.

De qualquer maneira, foram extraídas algumas pérolas que a imprensa soltou que pretendo escrever nesse blog, ainda hoje.

Adoro seus comentários. Beijos.

Darwin, Mas não tenha preguiça de comentar quando entrar em minha cozinha. hehehehe. Pretendo analisar ainda mais o que foram essas eleições e os comentários que se seguem durante esse período de nova transição. E respondendo, à Bezerra da Silva, Se Leonardo Da Vinci, pq eu não posso dar dois?
Abraços camarada!