Enquanto Eleanor Rigby catava o arroz,
Padre Mackenzie guardava a prata.
Ela teve um final atroz,
E ele, disse uma homilia para o nada:
Quando tivermos sessenta e quatro anos não estaremos juntos, o aquecimento global derreterá nossos laços. Lucy, no céu, com seus carvões. Todos que você verá estarão adormecidos, mas não responderão o seu bom dia. Aquela invenção que substitui o combustível fóssil por elétrica criará tanta água de onde não existia que viveremos numa nuvem eterna. E o clube dos corações solitários mudará de nome, passará a ser união dos corações solidários. Eles farão um filme sobre um homem solitário, um novo mártir. Todos os dias, as noites serão ainda mais difíceis, e iremos continuar trabalhando como um cachorro. E, em casa, servirão-se de uma boa dose de “rhythm and blues” enquanto uma bomba nuclear, vindo da Coréia do Sul, atingir o coração da América do Norte. E, aplaudindo, estarão novamente na U.R.S.S; União das Repúblicas Socialistas Sulamericanas.
Não, não é o apocalipse. É apenas o mundo em seu apogeu. O Grand Canyon será um imenso milharal; a Amazônia marca registrada; e a Sibéria será a commodities mundial de cubos de gelo. A União Européia estará em conflito por conta da milésima tentativa de aprovar uma constituição, enquanto a Inglaterra continuará coroando a mesma família real. Descobrirão que as baleias falam, e em seu idioma, dirão aos homens “vão à merda”! A neta de Brigitte Bardot adotará um bom menino, coisa em extinção. A cirurgia plástica será item da cesta básica, e o pão será artigo de luxo. Tudo por conta da má administração dos trigais lunares, eleita em sistema de rodízio diplomático entre o clube das duas nações mais poderosas do mundo neo-liberal-pró-keynisiano.
O presidente da Suiça, último país neoliberal do mundo, será condenado à forca pelo movimento anti-terrorista ianque-anti-muçulmano. Motivo: escutas clandestinas nos sonhos do embaixador Chinês. O ar não será cobrado, fiquem tranqüilos, desde que não usem ventiladores.
Não pude ouvir mais, meu despertador tocou antes do amém. Ósculos e amplexos.
Padre Mackenzie guardava a prata.
Ela teve um final atroz,
E ele, disse uma homilia para o nada:
Quando tivermos sessenta e quatro anos não estaremos juntos, o aquecimento global derreterá nossos laços. Lucy, no céu, com seus carvões. Todos que você verá estarão adormecidos, mas não responderão o seu bom dia. Aquela invenção que substitui o combustível fóssil por elétrica criará tanta água de onde não existia que viveremos numa nuvem eterna. E o clube dos corações solitários mudará de nome, passará a ser união dos corações solidários. Eles farão um filme sobre um homem solitário, um novo mártir. Todos os dias, as noites serão ainda mais difíceis, e iremos continuar trabalhando como um cachorro. E, em casa, servirão-se de uma boa dose de “rhythm and blues” enquanto uma bomba nuclear, vindo da Coréia do Sul, atingir o coração da América do Norte. E, aplaudindo, estarão novamente na U.R.S.S; União das Repúblicas Socialistas Sulamericanas.
Não, não é o apocalipse. É apenas o mundo em seu apogeu. O Grand Canyon será um imenso milharal; a Amazônia marca registrada; e a Sibéria será a commodities mundial de cubos de gelo. A União Européia estará em conflito por conta da milésima tentativa de aprovar uma constituição, enquanto a Inglaterra continuará coroando a mesma família real. Descobrirão que as baleias falam, e em seu idioma, dirão aos homens “vão à merda”! A neta de Brigitte Bardot adotará um bom menino, coisa em extinção. A cirurgia plástica será item da cesta básica, e o pão será artigo de luxo. Tudo por conta da má administração dos trigais lunares, eleita em sistema de rodízio diplomático entre o clube das duas nações mais poderosas do mundo neo-liberal-pró-keynisiano.
O presidente da Suiça, último país neoliberal do mundo, será condenado à forca pelo movimento anti-terrorista ianque-anti-muçulmano. Motivo: escutas clandestinas nos sonhos do embaixador Chinês. O ar não será cobrado, fiquem tranqüilos, desde que não usem ventiladores.
Não pude ouvir mais, meu despertador tocou antes do amém. Ósculos e amplexos.