Obviamente que há estudantes e estudantes. Há os que se dedicam, que realmente dão o sangue para se apropriar ao máximo de todo conhecimento que a academia pode oferecer. Mas, há também aqueles que não se importam nenhum um pouco com nada. Às vezes, possui um pé em uma infância que deveria ter ido embora há tempos. Mas, bons professores deveriam saber lidar com cada um desses tipos, bem como os intermediários. Deveriam valorizar os bons estudantes e incentivar os nem tão bons assim a descobrirem o seu potencial. Mas, infelizmente, muitos jogam no lixo qualquer possibilidade disso. E apela para a punição, para a perseguição, para a valorização do caos em sala de aula. Sendo absurdamente autoritário, confundindo isso com respeito.
Lembro-me de um professor de matemática. Ele é famoso em Curitiba. Reza a lenda que aos 18 anos de idade, ele já dava aula. Isso nos idos de 1960. Tive a sorte de ter ele como meu professor no (antigo) Segundo Grau, no Cursinho pré-vestibular, na UFPR, e na PUC. No auge de seus mais de quarenta anos de carreira docente, nunca vi ele levantar a voz. E é um professor que se orgulha de nunca ter mandando nenhum estudante para fora de sala de aula. Absolutamente humilde. E, basta sua presença em sala para que todos o respeitem. Todos reconhecem que se trata de um dos maiores matemáticos do Paraná (talvez da América do Sul), mas todos o admira pela sua capacidade de dar aulas. E é um professor que não enxerga os estudantes como um problema, mas como seres humanos, adultos, que estão em sua sala de aula para aprender independentemente seu grau de compromisso. E, fundamentalmente, é um professor que não teme as novidades e está sempre se atualizando. (O nome do professor é Domênico... que ao lado do professor Jessé e do professor Lúcio; foram os melhores professores de matemática que eu tive).
Infelizmente, essa não é a realidade para todos os professores. Como gostaria que todos fossem assim. Dedicados e preparados. Que todos tivessem o mesmo respeito e carinho pelos estudantes que tem o professor Domênico. Infelizmente, a realidade nos oferece péssimos professores. Infelizmente, a educação brasileira anda para trás também graças aos maus professores.
E o estudante, invariavelmente, fica refém dos maus professores. Sempre levam a culpa pelo mau exemplo dado pelo péssimo docente. Até quando?
Ósculos e amplexos!
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PS* Em Ponta Grossa, na famosa Avenida München, tem uma placa escrita "Ponta Grossa, tô gostando" (sic). O interessante é que, para vê-la, é necessário olhar pelo retrovisor. Coisa marota, não?
PS*² Não posso deixar de comentar. Ainda que tenha amado Porto Alegre, algumas coisas não puderam passar desapercebidas. Ao tocar o solo do aeroporto, vi no alto de um prédio os dizeres: "Vipal" (obviamente que é de uma empresa séria... mas o trocadilho foi inevitável).
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Diário de um intercambista: realizada as provas do DELE e do TOEFL! Agora, a ansiedade pelo resultado que sairá tão somente na sexta-feira! (aos que desejaram sorte, meu mais sincero muito obrigado).