Foto: Karol Cariola, Secretária Geral das Juventudes Comunistas chilenas.
Apesar dos ataques e do anticomunismo que se instalou durante a campanha para a eleição na Federação de Estudantes da Universidade do Chile, de todas as formas a lista apresentada pelas juventudes comunistas conquistaram uma importante votação. Ainda que não tenha sido suficiente para manter a presidência da entidade com Camila Ballejo, significa um reconhecimento do trabalho desenvolvido durante as mobilizações de 2011. Avalia o Partido Comunista chileno.
Essa foi a análise que realizaram os dirigentes do Partido Comunista e das Juventudes Comunistas, Guillermo Teillier e Karol Cariola, logo após conhecer os resultados que outorgaram Camila Vallejo como Vice-Presidenta e que permitiu o ingresso de um segundo dirigente no cargo de Secretário Executivo da organização.
O presidente do Partido Comunista disse que "estamos muito orgulhosos do que fizeram as juventudes comunistas junto com forças independentes e ainda mais com a Camila Vallejo. Porque a verdade é que desde o começo Camila teve que enfrentar uma campanha bastante forte contra ela, de diversas tonalidades. Se desatou um anticomunismo como havia tempo não víamos em nosso país. Tenhamos em conta que a própria senhora do Presidente da República teve algumas palavras a respeito de Camila que eram de claro conteúdo anticomunista.
Teiller agregou que, diante da nova composição da mesa diretora da FECh, os comunistas "não vamos ser obstáculos para o diálogo, para se buscar a convergência, para atuar em conjunto. (...) Esperamos que no futuro esta nova direção eleita na Universidade do Chile atue de forma unitária, que se complementem os dirigentes, e que tenham como norte o único que creio que interessa a todos: estabelecer no país um novo sistema de educação que seja um direito estabelecido constitucionalmente e garantido pelo Estado".
Por sua parte, a secretaria geral das juventudes comunistas, Karol Cariola, adiantou que a presença dos dirigentes comunistas no interior da FECh terá transcendência, igualmente como tiveram os demais sob a condução da Camila Vallejo durante o ano de 2011.
"Se de alguma maneira o governo ou a direita, ou quem quer que seja, teve uma intervenção política nestas eleições, isto não significa que, obviamente, que iremos sair do cenário nacional, que iremos deixar de trabalhar por um projeto que temos levantado e que iremos muito mais além de uma batalha eleitoral particular em uma Federação, mas que tem a ver com a transformação de um modelo educacional no Chile e também com a transformação de um país completamente", expressou Karol.
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