O direito de defesa deve existir. Sempre e em todos os casos a justiça deve ouvir agressor e agredidos. Mas, não há como não ficar irritado com a defesa do monstro que atropelou vários ciclistas em uma bicicletada em Porto Alegre (chamado de Movimento Massa Crítica). Visivelmente, o que aconteceu foi um momento de intolerância seguida de total descontrole. E o motorista alegou que foi legítima defesa. Alí, viu-se tentativa de homicídio, e com dolo.
Já participei de inúmeras manifestações. Também já fiquei preso no trânsito enquanto uma passava diante meu parabrisa. Concordando ou não, irritado ou não, a civilidade me cobrava à consciência: meus motivos não são maiores ou menores que os motivos deles. Minha pressa, meu motivo, não pode sobrepor os motivos dos manifestantes. Segue em frente a manifestação. Buzino se concordo. Calo, o carro, se discordo. Ambos em respeito.
As autoridades, de trânsito e geral, lavaram as mãos em relação ao ocorrido. Os organizadores do ato não comunicaram as autoridades. Mas, diante de uma aglomeração de ciclistas, nenhum policial sequer, bem ou mal treinado que seja, não identificou que ali poderia haver insegurança sem o acompanhamento de autoridades de trânsito? Se não havia efetivo suficiente para dar segurança ao legítimo direito de manifestação que ali ocorria, não havia sequer um único policial ou agente de trânsito? A bicicletada foi tão rápida assim que ninguém percebeu sua existência?
O advogado orientou o cliente: alegue legítima defesa. Defender-se de quem? Do que? Por quê? Se haviam manifestantes irritados com o motorista antes de sua tentativa de homicídio, muito provavelmente é por desrespeito aos manifestantes em momento anterior. Qualquer um que participe de manifestação conhece os egoístas de plantão a cuspir e apedrejar movimentos por não se identificar a eles, ou simplesmente por estarem com pressa.
O que vimos pela televisão choca, dá revolta, dá repulsa. E a punição do monstro será exemplar: algumas cestas básicas.
A cada dia que passa, nossos direitos são cada vez mais apenas privilégios (e passíveis de serem revogados).
Ósculos e amplexos!
Já participei de inúmeras manifestações. Também já fiquei preso no trânsito enquanto uma passava diante meu parabrisa. Concordando ou não, irritado ou não, a civilidade me cobrava à consciência: meus motivos não são maiores ou menores que os motivos deles. Minha pressa, meu motivo, não pode sobrepor os motivos dos manifestantes. Segue em frente a manifestação. Buzino se concordo. Calo, o carro, se discordo. Ambos em respeito.
As autoridades, de trânsito e geral, lavaram as mãos em relação ao ocorrido. Os organizadores do ato não comunicaram as autoridades. Mas, diante de uma aglomeração de ciclistas, nenhum policial sequer, bem ou mal treinado que seja, não identificou que ali poderia haver insegurança sem o acompanhamento de autoridades de trânsito? Se não havia efetivo suficiente para dar segurança ao legítimo direito de manifestação que ali ocorria, não havia sequer um único policial ou agente de trânsito? A bicicletada foi tão rápida assim que ninguém percebeu sua existência?
O advogado orientou o cliente: alegue legítima defesa. Defender-se de quem? Do que? Por quê? Se haviam manifestantes irritados com o motorista antes de sua tentativa de homicídio, muito provavelmente é por desrespeito aos manifestantes em momento anterior. Qualquer um que participe de manifestação conhece os egoístas de plantão a cuspir e apedrejar movimentos por não se identificar a eles, ou simplesmente por estarem com pressa.
O que vimos pela televisão choca, dá revolta, dá repulsa. E a punição do monstro será exemplar: algumas cestas básicas.
A cada dia que passa, nossos direitos são cada vez mais apenas privilégios (e passíveis de serem revogados).
Ósculos e amplexos!
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