Lendo o blog da Binha (Coisas que Sonhei), pensei: realmente, há uma ironia em se pegar ônibus todos os dias pelo fato de não existir rotina alguma nisso. São tantas coisas que acontecem, desde a visão dos jardins se transformando, como os acontecimentos do lado de dentro do ônibus.
Quando não desenvolvemos algumas fobias, como o de multidão, o de lugares fechados, e até mesmo de se pegar alguma doença, geralmente nos divertimos olhando para as histórias bizarras que acontecem. Essa que vou contar agora foi me passada por um amigo (o Saulo).
Conta o Saulo que, ao embarcar no Colombo-CIC, em Colombo, havia uma muralha na porta com camiseta de academia. Daqueles em que só o bíceps ganha o apelido de Aconcágua. Cara de mau, na porta, as pessoas apenas faziam cara feia devido ele atravancar a entrada, porém ninguém ousava contestá-lo devido seu tamanho. E espremido entre a muralha e a porta, estava lá um velhinho. Mirrado, baixinho, daqueles quem ninguém dá muita coisa por ele.
A porta fechou e o ônibus seguiu viagem. Quando próximo do terminal do Cabral, cerca de vinte minutos depois, a muralha se vira contra o velhinho e, com fúria, começa a espancá-lo. Socos, pontapés, cabeçadas, e gritos, muitos gritos.
- Vai morrer, velho @#$%&%#$! Vai aprender a encoxar os outros no inferno! - urrava de ódio a muralha.
Os passageiros suavam a camisa tentando evitar o linchamento por um homem só, mas de pouco adiantava. O sujeito era realmente muito forte. Mas, para redenção do velhote tarado, a porta se abriu - o Colombo-CIC chegara no Terminal. Pelo pescoço, o velhote era arrastado pela muralha até dois policiais mais próximos, mas dentro do Terminal.
Novamente, a porta fechou. Saulo e os demais passageiros seguiram para seus destinos ainda dentro do Colombo-CIC. E, entre olhares, um ousou perguntar: - Afinal, apenas não entendi a fúria ter demorado tanto. Pois, o velhote o encoxava desde Colombo!
Ósculos e amplexos!
Um comentário:
Eu realmente gostaria de fazer um capítulo em meu blog sobre essas "histórias de ônibus". Daria até um livro de crônicas!
Mas no caso do sarado, era o lado feminino dele aflorando rs...
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