10 setembro 2010

Pesquisa IBOPE/RPC: uma leitura



Bonecos: Gilberto Yamamoto

Concordo com a leitura de Celso Nascimento sobre a pesquisa IBOPE/RPC de fim de agosto sobre a corrida ao Palácio Iguaçu: é um primeiro momento, uma primeira mudança. Mas, ainda é cedo para comemorar.
O que a frieza das pesquisas apontam é: a campanha de Osmar promete alavancar no final, e a campanha do Richa a decair. E, devido aos inexpressivos resultados dos demais candidatos, um empate técnico novamente irá marcar o resultado final.
A surpresa, no entanto, está na quebra da constante. Ou seja, pela primeira vez alguns resultados apareceram na pesquisa. A primeira, e mais óbvia, é o crescimento poderoso que Osmar obteve após a entrada engajada do Presidente Lula e de Dilma na campanha. Diminuir de 16 para 9 pontos em tão pouco tempo é notório. Ainda que, em pesquisa, deve-se observar o todo e não apenas a pesquisa em si, trata-se de um resultado que promete uma reta final eletrizante.
A pesquisa mostra outros fatores também interessante. Pela primeira vez na história curitibana, um candidato do PT está liderando a pesquisa. Nem no auge do lulismo, Curitiba nutriu simpatia ao Partido dos Trabalhadores (aqui deu Serra e Alckimin nas eleições passadas). E, além de Dilma estar na frente, tem-se ainda a marca de 81% de satisfação com o governo federal (três pontos acima da média nacional). O mau humor curitibano está mudando.
A parte chata da pesquisa está na análise sexista que a RPC também sondou: entre as mulheres, dá Beto. Quem sabe se ambas as campanhas passarem a propor algo mais digno para as mulheres, o critério delas não mude?
Ósculos e amplexos.
PS* O blog ainda está em reformas, mas já é possível verificar algumas de suas transformações.

Nenhum comentário: