Moro em uma cidade onde a política é elaborada sob a perspectiva burguesa, porém debatida de forma pequena-burguesa. Uma capital que navegou na contra-mão do país ao votar em massa em Geraldo Alckmin (mais de 53% dos votos válidos), hoje acordou com uma ressaca daquelas. O motivo: o debate entre Lula e Alckmin no domingo. Aparentemente, caiu a ficha: Alckmin é um adversário mediano frente ao Lula.
Obviamente que os tucanos de plantão saíram com um comportamento “fachada” de que foram os grandes vencedores do debate. Por outro lado, os petistas fizeram a mesma coisa. Mas como debate não é jogo de futebol, não há vencedores nem derrotados. O que houve foi o lançamento do debate mais importante da vida dos brasileiros: quem será o comandante de nosso país e qual a política que ele irá representar. Caiu a ficha, portanto, que temos agora uma eleição radicalmente bipolar. De um lado, Alckmin, representante do continuísmo neoliberal, das grandes fortunas dos bancos e empresas gringas, dos latifundiários e daquela parcela média da população, mais conhecidos como “profissionais-liberais”; de outro, Lula, representante do trabalhador assalariado, do produtor rural, dos industriais brasileiros, do movimento social organizado.
O que aconteceu naquele debate foi o conhecimento de quem são os candidatos à Presidência da República. Não nomes ou história, mas seu pano de fundo, sua base política e sua representatividade social. À partir de agora, a campanha presidencial toma outro rumo. Continuará sem propostas objetivas ou sequer soluções para problemas pontuais. Será uma guerra pelo pensamento do qual cada candidato representa em nossa sociedade.
Portanto, por esse e por tantos outros motivos, vou de Lula. Não me representa o pensamento de meu patrão, logo não irei de Alckmin. E, ser derrotado o pensamento trabalhador, será o trabalhador o grande derrotado, e não Lula. O debate foi o começo. Aguardemos, com bandeiras em punho, o desenlace dessa campanha.
Ósculos e amplexos.
A velha e boa cozinha de Michael Genofre migrou para o Blogger! Sempre uma alquimia de coisas e mais coisas, com nexo ou não!
09 outubro 2006
03 outubro 2006
Só para desestressar!
Parafraseando Panamericana!
Quem são os ditadores do Partido Tucanato?
O que é democracia ao sul do Equador?
Quem são os sanguessugas ao leste da Cordilheira?
Quem são os salvadores do povo de Salvador?
Em Parador
Quem são os assassinos do povo brasileiro?
Quem são os estrangeiros que financiam o terror?
Hay que endurecer Sin perder la ternura
Ao sol de Parador
Quem são os índios incas que plantam cocaína?
Cadê os traficantes com armas de gasolina?
Quem são os trostskitas?
Quem é Heloísa?
O que significa a praça 29 de março?
Quem são os contra-revolucionários esquerdistas
Que quer a presidência no lugar do Lula-lá!
Quem são os terroristas da periferia paulista?
Quem são os guerrilheiros da reforma urbana?
Quem são os luminosos que enfrentam as volantes?
Quem são os para-militares do latifundio?
Quem são os vuduzados que querem pena de morte?
Quem são os encarnados que inspiram as falanges?
Em Parador
Hay que endurecer, sin perder la ternura!
Quem são os ditadores do Partido Tucanato?
O que é democracia ao sul do Equador?
Quem são os sanguessugas ao leste da Cordilheira?
Quem são os salvadores do povo de Salvador?
Em Parador
Quem são os assassinos do povo brasileiro?
Quem são os estrangeiros que financiam o terror?
Hay que endurecer Sin perder la ternura
Ao sol de Parador
Quem são os índios incas que plantam cocaína?
Cadê os traficantes com armas de gasolina?
Quem são os trostskitas?
Quem é Heloísa?
O que significa a praça 29 de março?
Quem são os contra-revolucionários esquerdistas
Que quer a presidência no lugar do Lula-lá!
Quem são os terroristas da periferia paulista?
Quem são os guerrilheiros da reforma urbana?
Quem são os luminosos que enfrentam as volantes?
Quem são os para-militares do latifundio?
Quem são os vuduzados que querem pena de morte?
Quem são os encarnados que inspiram as falanges?
Em Parador
Hay que endurecer, sin perder la ternura!
“Se eu pudesse eu não seria um problema social” (Seu Jorge).
Reflitamos:
- Quando as moças ficam grávidas, justamente quando mais precisam de apoio, toda a família e sociedade apunhalam-nas.
- Quando o piá de rua troca o roubo pela venda de balas no semáforo, recebe o não das pessoas tão somente nas balas.
- Quando passa uma tragédia na televisão, dói mais que aquela que acontece na porta da casa do telespectador ao expulsar o mendigo que busca abrigo em sua soleira.
- Quando explode uma bomba em qualquer parte do planeta indigna menos que um pedido de esmola na porta do supermercado.
- Quando um policial, a mando de seus superiores, bate em estudante, causa menos repulsa que aquele que aborda você bêbado ao volante.
- Quando o debate sobre esta ou aquela universidade é melhor que a outra se torna mais importante que a qualidade da educação como um todo.
- Quando a fúria fanática religiosa é tolerada enquanto o ecumenismo é tirado como coisa de quem não tem nada melhor para fazer.
- Quando a história de lutas de nosso povo brasileiro é ignorada, que nossa liberdade conquistada à base de muita porrada, é facilmente substituída pelo discurso do “brasileiro pacato”.
- Quando se gasta uma fortuna para ver um artista da Globo no teatro Guairá e não se reclama, mas recusa-se a assistir uma peça até melhor com artistas ainda mais virtuosos no Paiol por míseros cincão (2,50 com carteirinha da UNE ou UBES).
- Quando, enquanto você está lendo isto, milhares de analfabetos continuam sem saber sequer como é que se escreve o nome da rua em que moram.
“Se você treme de indignação diante uma injustiça, então somos companheiros”
Uma palavra ou duas.
Perplexo! Eis a minha expressão quando do final da contagem dos votos dia 01º de outubro. Detesto argumentar sobre o que aconteceu, mas não posso ficar quieto diante algumas questões.
Ao mesmo tempo em que fiquei deveras chateado com o resultado de segundo turno para Presidente, fiquei eufórico quando soube da notícia da eleição da camarada Manuela, no Rio Grande do Sul. Não se trata de uma eleição qualquer, principalmente quando sabemos que nenhuma eleição é qualquer se tratando de Câmara dos Deputados. Mas, trata-se da deputada mais votada nessas eleições (mais de 270 mil votos), terceira maior votação da história sulriograndense, a primeira mulher eleita e o segundo representante comunista na Câmara Federal daquele estado.
Fiquei contente, primeiro, por ela ser uma camarada que conheci em diversas lutas que travamos lado-a-lado. Dos sonhos em organizar a juventude brasileira numa verdadeira imersão no pensamento socialista. Das longas reuniões do movimento estudantil em que ela, representante da UNE para o sul e eu, representante da UJS na UPE, quase nos engalfinhavam em debates acalorados, mas sempre com o objetivo de se elaborar o que há de melhor, e como elaboramos. Das aflições, por vivermos em dois Estados tão distintos, mas com uma essência política pra lá de conservadora, e o desejo enorme em transformá-los. Segundo, em reconhecimento ao seu incansável trabalho como vereadora da capital gaúcha. Eleita com uma impressionante marca de aproximadamente 10 mil votos, seu mandato foi marcado pela jovialidade e pelos nomes PCdoB e UJS, que sempre ela frisava em cada um de seus discursos e materiais. E por falar em materiais, ela não virou as costas para a UJS, sua origem, depois de eleita. Pelo contrário, quando eu encontrava meus camaradas do Rio Grande e perguntava como estava a UJS por lá, ouvia sempre a mesma resposta: “A equipe da Manu deu uma senhora organizada por lá”. Verdade seja dita: eu, aqui em Curitiba, não teve uma só edição de seus jornais e panfletos (e até convites para atividades de seu gabinete) que eu não tenha recebido dela. Toda uma refinada atenção para seus amigos e camaradas também não faltou. Lembro-me de cartão e mensagens em meu aniversário que ela ou a equipe dela me enviara naquela data. Como não ter carinho e admiração política por esta camarada? Por último, fiquei feliz por saber que teremos uma deputada da UJS na Câmara Federal. E que, junto com Aldo Rebelo, e tantos outros camaradas do PCdoB, teremos uma bancada combativa e de luta.
Deixei para o final deste uma breve comparação que não pude evitar. Como se explica a sonora eleição de Manuela no RS e a não-eleição de Ricardo Gomyde no PR? Claro que, para isto, devemos desconsiderar que Rio Grande e Paraná possuem formações políticas e conjunturas bastante distintas. Mas alguns pontos devem ser observados. Gomyde é de uma geração pioneira da UJS no Paraná e Manuela é da atual geração da UJS no Rio Grande. Manuela é vereadora licenciada, Gomyde Secretário de Estado licenciado. Ambos possuem grandes aliados em diversos partidos e segmentos sociais. As finanças para as campanhas de ambos foram modestas se comparados aos demais eleitos. Estes são pontos em comum. Os incomuns foram que, durante a gestão de Manuela na Câmara, investiu-se, politicamente, pesado na organização, estruturação e fortalecimento da juventude. E, que sem vacilo, todas as base do PCdoB do Rio Grande do Sul não só apoiaram como fizeram uma campanha unificada e engajada. Ósculos e Amplexos.
Ao mesmo tempo em que fiquei deveras chateado com o resultado de segundo turno para Presidente, fiquei eufórico quando soube da notícia da eleição da camarada Manuela, no Rio Grande do Sul. Não se trata de uma eleição qualquer, principalmente quando sabemos que nenhuma eleição é qualquer se tratando de Câmara dos Deputados. Mas, trata-se da deputada mais votada nessas eleições (mais de 270 mil votos), terceira maior votação da história sulriograndense, a primeira mulher eleita e o segundo representante comunista na Câmara Federal daquele estado.
Fiquei contente, primeiro, por ela ser uma camarada que conheci em diversas lutas que travamos lado-a-lado. Dos sonhos em organizar a juventude brasileira numa verdadeira imersão no pensamento socialista. Das longas reuniões do movimento estudantil em que ela, representante da UNE para o sul e eu, representante da UJS na UPE, quase nos engalfinhavam em debates acalorados, mas sempre com o objetivo de se elaborar o que há de melhor, e como elaboramos. Das aflições, por vivermos em dois Estados tão distintos, mas com uma essência política pra lá de conservadora, e o desejo enorme em transformá-los. Segundo, em reconhecimento ao seu incansável trabalho como vereadora da capital gaúcha. Eleita com uma impressionante marca de aproximadamente 10 mil votos, seu mandato foi marcado pela jovialidade e pelos nomes PCdoB e UJS, que sempre ela frisava em cada um de seus discursos e materiais. E por falar em materiais, ela não virou as costas para a UJS, sua origem, depois de eleita. Pelo contrário, quando eu encontrava meus camaradas do Rio Grande e perguntava como estava a UJS por lá, ouvia sempre a mesma resposta: “A equipe da Manu deu uma senhora organizada por lá”. Verdade seja dita: eu, aqui em Curitiba, não teve uma só edição de seus jornais e panfletos (e até convites para atividades de seu gabinete) que eu não tenha recebido dela. Toda uma refinada atenção para seus amigos e camaradas também não faltou. Lembro-me de cartão e mensagens em meu aniversário que ela ou a equipe dela me enviara naquela data. Como não ter carinho e admiração política por esta camarada? Por último, fiquei feliz por saber que teremos uma deputada da UJS na Câmara Federal. E que, junto com Aldo Rebelo, e tantos outros camaradas do PCdoB, teremos uma bancada combativa e de luta.
Deixei para o final deste uma breve comparação que não pude evitar. Como se explica a sonora eleição de Manuela no RS e a não-eleição de Ricardo Gomyde no PR? Claro que, para isto, devemos desconsiderar que Rio Grande e Paraná possuem formações políticas e conjunturas bastante distintas. Mas alguns pontos devem ser observados. Gomyde é de uma geração pioneira da UJS no Paraná e Manuela é da atual geração da UJS no Rio Grande. Manuela é vereadora licenciada, Gomyde Secretário de Estado licenciado. Ambos possuem grandes aliados em diversos partidos e segmentos sociais. As finanças para as campanhas de ambos foram modestas se comparados aos demais eleitos. Estes são pontos em comum. Os incomuns foram que, durante a gestão de Manuela na Câmara, investiu-se, politicamente, pesado na organização, estruturação e fortalecimento da juventude. E, que sem vacilo, todas as base do PCdoB do Rio Grande do Sul não só apoiaram como fizeram uma campanha unificada e engajada. Ósculos e Amplexos.
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