03 outubro 2006

“Se eu pudesse eu não seria um problema social” (Seu Jorge).


Reflitamos:

  • Quando as moças ficam grávidas, justamente quando mais precisam de apoio, toda a família e sociedade apunhalam-nas.
  • Quando o piá de rua troca o roubo pela venda de balas no semáforo, recebe o não das pessoas tão somente nas balas.
  • Quando passa uma tragédia na televisão, dói mais que aquela que acontece na porta da casa do telespectador ao expulsar o mendigo que busca abrigo em sua soleira.
  • Quando explode uma bomba em qualquer parte do planeta indigna menos que um pedido de esmola na porta do supermercado.
  • Quando um policial, a mando de seus superiores, bate em estudante, causa menos repulsa que aquele que aborda você bêbado ao volante.
  • Quando o debate sobre esta ou aquela universidade é melhor que a outra se torna mais importante que a qualidade da educação como um todo.
  • Quando a fúria fanática religiosa é tolerada enquanto o ecumenismo é tirado como coisa de quem não tem nada melhor para fazer.
  • Quando a história de lutas de nosso povo brasileiro é ignorada, que nossa liberdade conquistada à base de muita porrada, é facilmente substituída pelo discurso do “brasileiro pacato”.
  • Quando se gasta uma fortuna para ver um artista da Globo no teatro Guairá e não se reclama, mas recusa-se a assistir uma peça até melhor com artistas ainda mais virtuosos no Paiol por míseros cincão (2,50 com carteirinha da UNE ou UBES).
  • Quando, enquanto você está lendo isto, milhares de analfabetos continuam sem saber sequer como é que se escreve o nome da rua em que moram.

    “Se você treme de indignação diante uma injustiça, então somos companheiros”

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