29 abril 2011

"Hop: coelho sem páscoa", 2011: inadequado para maiores.


"Hop: Coelho sem Páscoa" (Hop ), [EUA] , 2011 - 95 min. Infantil Direção: Tim Hill Roteiro: Cinco Paul, Ken Daurio, Brian Lynch Elenco: Russel Brand, James Marsden, Hugh Laurie, Kaley Cuoco, Elizabeth Perkins, Gary Cole, David Hasselhoff



Para quem foi assistir pensando em ver a mesma genialidade de "Meu Malvado Favorito, 2010" vai sair um tanto quanto decepcionado. Os amarelinhos de "Hop" não se aproximam em nada dos amarelinhos de "Meu Malvado". E para quem foi assisti-lo pensando em ver um "Alvin e os Esquilos, 2007", irá descobrir que "Hop" é um pouquinho melhor que o fraquíssimo Alvin. De qualquer maneira, o filme é desaconselhável para adultos. Sua fofura toda é inteiramente destinada para crianças - que juro que as vi no cinema bocejando.

A páscoa deveria ser no calendário cristão a data mais importante dada a imensa importância que expiação do Senhor significa, porém o apelo comercial faz com que o natal seja uma data consideravelmente mais comemorada. Trata-se apenas de uma observação que, no máximo, poderia causar reflexão sobre como há apropriações e subversões de acordo com o lucro que se pode explorar disso. Não há o menor sentido em criar uma rivalidade entre duas datas do calendário cristão. Porém, em nome do lucro, o filme é feito para explorar o apelo do período de páscoa e ao longo da exibição é possível ver que essa rivalidade aparece o tempo todo e se propondo a ser muito mais do que uma brincadeira. Colocar pintinhos no lugar de renas é de um mau gosto imenso.

Saindo do contexto religioso, o filme não convence. Não é propriamente engraçado, chega a ser chato. É enjoativo de tão doce e a solução para cada momento de conflito é completamente sem sal. Há uma ou outra tirada ocasionalmente divertida (como David Hasselhoff não se surpreender com um coelho falante uma vez que ele era "Michael" de "Supermáquina"). Os atores humanos são sub-aproveitados. E as "Boinas Rosas" são uma imensa perda de tempo, já que nem sequer chegam a ser personagens.

Ao final da sessão, pensei comigo se o filme convenceria menores de 10 anos de idade. Mas o comentário de um representante desta faixa etária que estava por lá esgotou todas as expectativas. Ele perguntou sabiamente à sua mãe: - já que há um teletransporte para os coelhos, para quê serve um trenó puxado por filhotes de galinha?

Viva a sinceridade quase que cruel das criancinhas! Ósculos e amplexos!


[Também em cinemadonosense]

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