05 maio 2010

Homem de Ferro 2: uma opinião.

O filme Homem de Ferro 2 tem excelentes cenas de ação, convincentes efeitos, e só. Infelizmente, a praga das continuações atacou as empresas Stark. Um elenco, ou melhor, uma constelação de bons atores não conseguiu segurar a fraca e apelativa história. E para os fãs de HQ, continuam assassinando a trajetória de Tony Stark. Nem a tradicional "invasão rápida" de Stan Lee surpreende mais. E o pai "bonzinho" de Tony Stark é um crime para as melhores edições do HQ de Homem de Ferro.

Viúva Negra (a linda Scarlett Johannson) tem apenas uma única cena de ação e, de praxe, nenhum fio de cabelo fora do lugar após a pancadaria. A interpretação de Downey Jr. não é das mais inspiradas. A sua cara é a mesma com crise, à beira da morte, em meio a uma luta, e no detetive Sherlock Holmes. Pepper Potts (a tão bela quanto Johannson, Gwyneth Paltrow) e Chicote Negro (Mickey Rourke) são os únicos que convencem pela interpretação. Os personagens vão se perdendo ao longo da trama. Sem tempo para demonstrar sequer remorso, dores, ou outros problemas que qualquer ser humano normal passa diante de tantos acontecimentos.

Para quem gosta de HQ, o filme é fraco. Para quem não acompanha, mediano. Para aficcionados pela fusão HQ e cinema, o filme pode ser assistido como mero passatempo, pois carece de uma boa trama. Um HQ que somente apresenta pancadaria, sem uma boa história que a acompanhe, sem um bom argumento pelo qual a briga começou, geralmente é deixada de lado logo nas primeiras páginas. Mas, como em um filme não podemos fazer isso, torcemos em vão até o final para que o óbvio sempre aconteça: o bandido dá trabalho, mas perde para o mocinho de maneira relativamente fácil depois de inúmeros e intermináveis prelúdios do que vai acontecer.

O que se salva é o gancho para a versão cinematográfica de "Os Vingadores". Para quem não acompanha HQ, é a resposta da Marvel (editora/universo de Homem de Ferro, Thor, Hulk, e tantos outros herois) para a Liga da Justiça da DC Comics (Editora/Universo de Superman, Batman, Flash, e tantos outros). A série tem uma curiosidade interessante: o governo apoia o "clube de herois"; coisa inusitada para o universo Marvel. Para quem acompanha, sabe o quanto essa série é importante. E pelo jeito, será com a primeira formação (Homem de Ferro, Hulk, Thor, Formiga Negra e Vespa), ou seja, sem o xarope do Capitão América. Com o possível Hulk Vs Homem de Ferro, para a continuação da saga cinematográfica de Hulk, já sabemos de antemão como é possível "Os Vingadores" surgirem.

Enfim, o filme Homem de Ferro 2 dá esperanças para que o universo HQ no cinema se torne mais enriquecido. Mas, vá assistí-lo sem muitas esperanças de ver um bom filme. A chance de sair decepcionado é grande.

Ósculos e Amplexos!

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Parabéns Carol pela decisão do batismo! Certamente será uma das mais importantes decisões de sua vida.
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Diário de um intercambista: consegui um emprego temporário para levantar uma grana pro meu intercâmbio. E a universidade estrangeira já fez contato comigo, prometendo que a coisa vai dar certo.
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3 comentários:

Leonardo de Araújo disse...

EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!
Michael,
Saí pelo blog em busca de uma porrada sua num filme. Achei!!!

Queria ver em qual estilo jogaria pá de cal em alguma obra da sétima arte.
Se bem que essa não ganhou pá de cal, foi só uma pancada mesmo.

Alguma sugestão de postagem em que detonou do início ao fim a obra?

Queria ver uma dessas. lol.

Brindes
Leonardo

PS: Sei que tendemos a postar mais o que gostamos e deixar de postar o que não gostamos.

Michael Genofre disse...

Hummmmmmmm... eu tinha... mas por algum motivo que desconheço, sumiu do mapa. Há muito tempo, eu havia escrito sobre "A Paixão de Cristo", de Mel Gibson, um filme que detestei tanto pelo seu mau gosto, tanto pelo excesso de sangue, e pouca... muito pouca... maiores atenções para o mais importante: a mensagem da expiação.

Hoje, não entendo o filme mais como anti-semita (na época, até isso eu critiquei). Afinal de contas, conta a história que quem condenou e matou Cristo foram as elites judaicas, e não o povo judeu (tampouco os romanos... que só estavam interessados em controlar eventuais tumultos em suas posses). Mas o que se viu no filme foi somente o puro escárnio. Horas e horas em que você torce para que morra logo de uma vez o pobre açoitado e o mais importante nem sequer foi mencionado. Nem pela ótica religiosa tampouco pela prometida ótica científica.

Lembrou-me os contos da Tribuna, onde o mais importante é a foto do defunto do que o crime que o produziu. E, se olharmos com mais crítica, o mais importante de história nem é o crime em si, mas o que levou o crime a ser cometido.

O filme é horroroso em quase todos os sentidos. Os efeitos especiais convencem (afinal, você passa metade do filme sem querer olhar para ele devido aos nacos de carne e litros de sangue arrancados e que parecem voar da tela). Mas o posicionamento das câmeras é terrível. O som, estranho. E o roteiro... bem, o roteiro já havia sido escrito no Novo Testamento... sem maiores dificuldades para Mel Gibson... talvez, sua única adição tenha sido a de Jesus ter falado: aaaah!

Mas, por algum motivo, o post sumiu do meu blog. Não o apaguei. E pior, descobri que outros também sumiram ao longo desse seis anos de blogosfera.

De lá para cá, tenho muito mais escrito sobre filmes que gostei. Os que não gostei, precisa ser muito ruim para que eu não o apague imediatamente da minha memória real.

Ficou à título de comentário mesmo, infelizmente. Mas espero que tenha saciado um pouco sua curiosidade.

Amplexos!

Leonardo disse...

Saciou minha ânsia por sague crítico, em todos os sentidos, lol.

Brindes
Leonardo
vivaovinho.blogspot.com

PS: A Queisse prometeu mais um vídeo lá no Viva o Vinho! Quem sabe para o feriado sai.