Every little thing she does is magic! (The Police)
Fica determinado,
a fins deste, apenas sete formas do amor.
A primeira se refere a relação sexual, carnal;
A segunda, ao aspecto maternal;
A terceira, àquilo inanimado;
A quarta, ao desejo idealizado;
A quinta, às coisas do viver;
A sexta, àquilo que é de se defender;
A sétima, àquilo que é superior.
Da primeira maneira,
Oras bolas, descarta-se, obviamente,
o do tipo sem compromisso.
Não dá para ser omisso,
Há de ter algo implícito.
Para ser então amor,
Deve-se sentir com alguém como se pra sempre se queira.
Da segunda maneira,
Não carece ser o da mãe, exclusivo.
Pode ser pelo irmão, primo, um ente querido.
Porém tão forte quanto, é somente da genitora.
Da alma protetora, que daria a própria vida,
Para renascer, se preciso, o fruto do seu ventre.
Da terceira maneira,
Pode parecer mesquinho,
mas há de ser considerado.
Quem nunca se perdeu de amores,
por um objeto inanimado.
Aquele urso de pelúcia, ou aquele carrinho
desde a infância guardado.
Da quarta maneira,
o amor é um pouco mais pesado.
Um apego àquilo que na idéia foi formulado.
De febre insana se provocado.
De desmoronar castelos se usurpado.
Mas hilário se para outrém contado.
Da quinta maneira,
ninguém se dá conta, exceto se for dele privado.
É aquele comichão danado,
para fazer o que sempre se fez toda a vida.
É o tal do “vestir a camisa”
e teimar ir em frente.
E, quando o desânimo o abater,
Seu amor por ele te faz agradecer por estar ainda vivo.
Da sexta maneira,
confunde-se com honras.
Mas, naquilo que se materializa,
torna-se mais violenta que peste bubônica.
É a pátria do soldado, o partido do comunista,
a ira do derrotado, o aplauso do artista.
A sétima, não poderia faltar.
Use chapéu para lembrar.
Sobre você há sempre algo para amar.
Um amor maior, que serve para te orientar.
Se Deus, Astros, Sol, Buda ou Iemanjá,
só se mudam as orações e a forma de contemplar.
Enfim, tudo isso é o amar.
Se resta dúvidas, também não precisa perdoar.
O amor, que ao mesmo tempo tão complexo,
É sublime, e ele, por si só, não tem a menor
necessidade de perdoar.
2 comentários:
Que o poeta me empreste sua voz... para você, meu querido amigo-irmão, Michael...
"Soneto do Amigo"
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com os olhos que contem o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual à mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
(Vinicius de Moraes)
Saudosos beijos e... obrigada... por tudo, sempre!
Pri
Da saudade que me invade o peito
Das horas passadas ao lado de quem se gosta
Do gesto esparramado
Da mão unida à outra
A forma de um amor inacabado
Displicentemente deixado na esquina
Ou deitado em cama estranha
Segue
Distancia-se
Reencontra-se
Aflige-se
E deixa guardar como a lembrança de infância
Papel amarelado amarrado com uma fitinha
Feito a comoção de se ler versos que outrora escrevemos
Escrever, escreveríamos?
Absortos nas sem razões de um amor esculpido,
desenhado a quatro mãos
descrito nas sete formas de amar de Michael
possivelmente refletidas na dúvida do olhar de Priscila
e assim sei que te amo
segue a vida
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