Parabéns nação colorada, campeã mundial!
Abel Braga, logo após o jogo, disse uma frase que, para mim, sintetizou o sentimento de todo brasileiro (exceto aquele que for gremista): - “ganhamos do melhor time do mundo!”. Sim, e com louvor! Não sou gremista, mas amanheci nesse domingo torcendo para o Barcelona. Não sou de me impressionar com os chavões televisivos, muito menos o do insistente “Inter é o Brasil no Mundial Interclubes da FIFA”. Meu senso crítico me impulsionou a torcer, no início, pelo time que possuía o melhor elenco, as melhores táticas, enfim, o melhor do mundo. Mas essa torcida pelo FC Barcelona durou exatamente quinze minutos. Pato, o menino de sorriso metálico, disputa uma bola com um dos poucos espanhóis do time espanhol e, mesmo com nítidas diferenças técnicas com superioridade para o espanhol experiente, Pato ganha a bola naquilo que é sempre o meu segundo critério de torcida: a raça! E, assim, passei nesse exato momento a torcer desesperadamente pelo time riograndense.
O colorado gaúcho me impressionou por isso. Respeitou o adversário, o poderoso adversário, mas sem temê-lo. Encarou-no de igual para igual. Fez uma marcação que assemelhava um jogo de xadrez. Compensou a disparidade técnica com a inteligência. Anulou praticamente todas as habilidades dos armadores do time adversário. Marcou em todo o campo, inclusive no de ataque. Sobreviveu à poderosa decida de Ronaldinho e companhia. Superou a também forte marcação do Barcelona. Deu sangue pelo time e, numa das pouquíssima oportunidades que um jogo tão bem marcado dá de se fazer o gol, Adriano recebe um passe difícil, corrige e mostra competência mandando por sobre o goleiro e marcando para o Inter. Uma expressão e um grito saíram involuntariamente da minha boca. A expressão de “ui”, quando a mão do goleiro do Barça esbarra na bola, e, óbvio, o grito de gol, como se eu fosse colorado desde criança.
Depois disso, o jogo ficou mais franco ainda. Tivemos, com o nervosismo do Inter, finalmente um gostinho do que é o Barcelona. Foram quinze minutos onde o Barcelona quase marcou duas vezes, uma salva pelo Clemer, e outra que a bola tomou um rumo caprichoso na cobrança de Ronaldinho. Ali, pudemos ver de quem o Inter estava ganhando mesmo. Simplesmente do melhor time do mundo. E, o futebol agradece, o povo brasileiro agradece que a raça ainda continua superando a técnica. E quando ambas estão presente num mesmo time, ainda que o outro seja mais técnico, a raça faz diferença e desbanca. Não duvido que, em seu íntimo, boa parte da torcida gremista também não tenha se emocionado ao ver aquele time vencer o melhor do mundo. Mas, querer que o tricolor gaúcho reconheça isso é impossível, e também desnecessário. Não basta ser o melhor, para ser campeão é preciso ter um algo a mais que compense. E, quem teve isso foi, para a glória brasileira, o Inter, a “Glória do desporto nacional”.
Um comentário:
Corinthians é o primeiro campeão mundial da Fifa, diz Blatter
Para a Federação Internacional de Futebol Association (Fifa), só há três campeões do mundo de clubes, todos brasileiros. São eles, CORINTHIANS, são Paulo e Internacional. Em entrevista coletiva realizada domingo (17), no Estádio de Yokohama, no Japão, o presidente da federação, Joseph Blatter (foto) encerrou definitivamente a polêmica e afirmou que a entidade máxima do futebol não reconhece os títulos do antigo Mundial Interclubes, a Taça Intercontinental ou Copa Toyota.
Em 2000, a Fifa organizou o seu primeiro Mundial de Clubes, vencido pelo Corinthians, no Brasil. Cinco anos depois a entidade aliou-se à Toyota, que deixou de promover a partida entre os campeões europeu e sul-americano, e fez a segunda edição do Mundial, no Japão, conquistada pelo São Paulo. A terceira edição teve como campeão o Internacional de Porto Alegre, que na final do último domingo derrotou o Barcelona por 1 a 0.
”Nos livros da Fifa, o Corinthians é o primeiro campeão do mundo”, afirmou Joseph Blatter. “Tivemos alguns problemas, o torneio ficou um tempo sem ser disputado, mas podem ter certeza de que consideramos o Corinthians como primeiro campeão mundial”, acrescentou. O dirigente também fez questão de confirmar que “a Fifa não reconhece os títulos daquela competição como um torneio válido”. Aquele torneio era disputado em apenas um jogo, entre os campeões da América do Sul e Europa.
A Taça Intercontinental começou a ser disputada em 1960. A partir de 1980, com o patrocínio da Toyota, passou a ser organizada no Japão, com uma única partida. Agora, a Fifa reúne no Japão os campeões da América do Sul, Europa, Oceania, África, Ásia e Concacaf (América do Norte, Central e Caribe).
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