01 dezembro 2009

"É só o amor que conhece o que é verde".

É isso mesmo: "É só o amor que conhece o que é verde". Essa foi uma das inúmeras situações engraçadas ao longo da semana quentíssima de eleição do DCE da Universidade Estadual de Maringá. Explico: em uma das faixas, um pequeno erro fez com que "verdade" se transformasse em "verde", e então saiu mais uma frase para a minha coleção de frases non sense. E, à partir desse feito, para cada coisa estranha que acontecia, ou pelo menos engraçada, eu repetia feito um bobo "afinal, é só o amor que conhece o que é verde".

A chapa quente, bonde do amor, era a chapa que eu estava apoiando e que, em missão, fui ajudar meus camaradas a se re-elegerem ao Diretorio Central dos Estudantes da Universidade Estadual de Maringá. Trata-se de um movimento, no mínimo, polêmico. Mas que, creio eu, está revolucionando a forma de se fazer movimento estudantil no Paraná.

Não se trata de pão e circo, tampouco de uma chapa cujo compromisso é apenas o de fazer piadas. Mas o de fazer muita política, de fazer muitas realizações, mas sem perder a crítica irreverente para com as tradicionais forças políticas do movimento estudantil dessa universidade.

Pelo DCE passaram todas as forças políticas possíveis e imagináveis. E os resultados foram sempre os mesmos: sucateamento da sede, mau uso do dinheiro, e muita partidarização do movimento. Isso sem falar em inúmeras falcatruas, mas que não podem ser enumeradas por falta de provas. O bonde do amor, que contém inúmeros militantes da União da Juventude Socialista, ligada ao Partido Comunista do Brasil, entretanto, entende a fundamental diferença em conter militantes de partidos políticos, mas preservar a entidade de maneira apartidária.

E durante a campanha não foram poucos os ataques. Dos mais infundados aos mais reacionários, e por forças políticas que, pasmem, defenderam uníssonos mudanças radicais em nosso país. A grande verdade é que foi derrotado o velho método de fazer movimento estudantil, e venceu o novo. Um baseado no amor, em muito trabalho, e naquele meu lema: "não é preciso ser chato para ser sério".

Ajudei bastante. Doei parte da minha experiência ao longo da campanha. Mas a vitória somente foi possível graças ao esforço de cada integrante da gestão que se encerrava por ter feito um excelente mandato. Foi uma vitória de lavar a alma. A vitória do amor contra o ódio. E agora, é consumar as propostas como Casa do Estudante, aproximação e apoio às organizações acadêmicas, grandes eventos culturais e bons debates políticos, e assim por diante. E, sem falar nas redes no Restaurante Universitário (que, apesar de ser uma das propostas divertidas, junto com a construção de um Ovniporto, achei bastante interessante e viável).

Mais uma vez, parabéns à chapa Quente, bonde do amor. Por se re-eleger. Por fazer um bom trabalho. Por mudar a cara do movimento estudantil em Maringá. E por derrotar tudo aquilo que o estudante detesta nas forças carrancudas e do mal no movimento estudantil.

É só o amor que conhece o que é verdade (e o que é verde também).

Ósculos e amplexos.

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