Eu sei que é chato, ou deselegante, tratar o grande comandante Fidel Castro como “a bola da vez”. Mas, não há como não ver que o carismático comandante da revolução cubana está com os pés mais na cova que na praça de Havana. E, com isso, abre-se para especulação, principalmente dos veículos burgueses, o que será de Cuba depois de Fidel Castro. E torna-se impressionante a campanha, uma espécie de expectativa de fim de campeonato, para se descobrir como e de que forma a ilha socialista ficará.
Certa vez, eu estava num encontro internacional de estudantes e perguntei para os colegas cubanos sobre o que aconteceria em Cuba quando Fidel morresse. A resposta de cada um deles foi uníssona e fiquei me sentindo o Homer Simpson: “Quando ele morrer vai acontecer o seguinte: o Partido Comunista irá indicar um substituto”.
E, entre idas e vindas, tudo aponta para o não tão carismático, porém mais teórico que Fidel, Raul Castro assumir o comando da ilha socialista. Fazendo uma comparação arriscadamente esdrúxula, vai acontecer o mesmo que no Vaticano. Quando morreu o carismático João Paulo II, assumiu o chefe da guarda das tradições católicas, o Bento XVI. Raul Castro é mais ou menos isso. Responsável pelo comando do Partido Comunista Cubano, quase não aparece no cenário internacional. Em compensação, é o homem forte da ideologia comunista na ilha. Trata-se, como nós comunistas sempre chamamos, do Coordenador da fração comunista no poder Cubano.
Tudo indica que a ilha ficará em boas mãos. Mesmo com a dor da partida do companheiro e comandante Fidel.